Cerise Bentz

1 de junho de 2017

Ela se chama Cerise, em português, cereja. Com esse belo nome de fruta, Cerise Bentz correu pelo mundo escrutinando cada continente em busca de novas emoções depois de ter cursado história da arte em Paris. Curiosa e intrépida, trabalhou alguns anos com um leiloeiro para descobrir os tesouros de salas de vendas e, depois de tantas idas e voltas entre relíquias de outrora e planos para o futuro, essa aventureira se deu conta que o chapéu, esse acessório do passado que nunca saiu de moda, seria uma ótima desculpa para criar um verdadeiro estilo de vida. Foi assim que nasceu La Cerise sur le chapeau, literalmente, “A cereja sobre o chapéu.”

Prendada e cheia de ideias, Cerise começou a pesquisar materiais e a fazer cursos de modelagem de chapéus para poder auxiliar seus clientes nessa proposta de personalização desse acessório. Graças aos seus dedinhos ágeis e sua personalidade vivaz, ela desenvolveu novos modelos e conquistou uma clientela que faz questão de visitar seus ateliês-boutique para escolher e personalizar o chapéu da estação. Não é para menos, nos ateliês-boutique de La Cerise sur le chapeau tudo parece ter sido pensado para que o cliente se sinta em casa, do cheiro de bolo quente saindo do forno aos cuidados atenciosos de uma equipe que se desdobra para que cada cliente encontre o chapéu certo para cada cabeça com pequenos detalhes que fazem toda a diferença.

“Nossos clientes ficam muito satisfeitos em poder vir escolher o próprio chapéu e personalizá-lo, é muito divertido vê-los entre fitas e feltros harmonizando cores para compor esse acessório que confere estilo e elegância a qualquer pessoa”, conta entusiasmada a estilista. “Para nossos clientes, o atelier representa um tempo de encontro, descobertas e emoção e partilhas. Muitas vezes entre diferentes gerações, como um avô que nos visitou recentemente e aconselhou a uma jovem como usar seu chapéu. Nossos clientes sempre ficam muito felizes em estilizar seus próprios chapéus”, confessa. Correspondance Magazine® foi até o atelier-boutique de “La cerise sur le Chapeau” situado no 2-bis rue Léon Cosnard, Paris 17, para conversar com essa criativa que sabe como ninguém usar um belo chapéu.

HISTÓRIA – “La cerise sur le Chapeau” começou num pequeno estúdio nos fundos de um pátio em Boulogne Billancourt para, em seguida, mudar-se para a rue Cassette no 6º arrondissement parisiense onde estamos há 10 anos e atualmente abrimos um segundo atelier-boutique no 17º arrondissement.

CONCEITO – A ideia e conceito de “La cerise sur le Chapeau” surgiu naturalmente. Quando era criança, sempre usava os chapéus do meu avô, um homem do seu tempo com a elegância de sua época. Queria revisitar esse clássico do passado com uma nova releitura de estilos e com uma ampla gama de cores. Nosso conceito é criar coleções easy-going com o toque pessoal do cliente e que o resultado que ilumine o visual.

MODELOS – Presto atenção à qualidade dos belos materiais e a uma ampla gama de cores. O nosso modelador de chapéus seleciona 50% de feltro, 50% de pele de coelho e 50% de lã Merino para os modelos de inverno. E, para o verão, selecionamos palhas do Equador de um fiel fornecedor que partilha tradição, controle de qualidade e especialização nesse domínio.

CONSELHOS – O cliente vem escolher o seu chapéu dentre os seis modelos que temos, dos quais, três masculinos e femininos. Todos podem ser personalizados de acordo com o desejo do cliente: uma coroa de fita que envolve o chapéu com um pequeno passador, que deve ser colocado do lado do coração, representa nossa assinatura. Outro detalhe importante, diz respeito à cor do chapéu, que não deve ser escolhida com base no guarda-roupa, mas em analogia direta com o tom da pele, assim como o modelo e o tamanho, que devem se adaptar ao formato do rosto.

COMPARTILHAR – O know-how que adquirimos com as oficinas de modelagem de chapéus e nosso moldador, que funciona ainda com prensas manuais e é ativado por gases e requerem uma grande experiência, destreza e força para transformar um cone de feltro em chapéu. A tradição de artesãos equatorianos que tecem os chapéus Panamá e a transmissão desse conhecimento de geração em geração é fascinante, a beleza da sua arte parece uma obra de artesanato.

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