“Festival Rotas do Marais” no Museu Carnavalet

20 de agosto de 2016

Comemorando sua 2ª edição, o “Festival Rotas do Marais”, escolheu a temática do “Carnaval” que vai ser o ponto em comum das festividades apresentadas em quinze locais culturais em torno de uma programação gratuita, eclética e que promete encantar todos os públicos. Para falar sobre o “Festival Rotas do Marais”, Correspondance Magazine® entrevistou Constance Lombard, Diretora do Serviço de Comunicação, Imprensa e Parcerias do Museu Carnavalet, que nos falou sobre as expectativas em torno desse projeto multidisciplinar, que confere ao público uma oportunidade singular de descobrir ou redescobrir um dos bairros mais pitorescos de Paris, o Marais, sob uma ótica artístico-cultural.

Conte-nos como se deu a participação de sua instituição no “Festival Rotas do Marais.”

– O Museu Carnavalet, um dos mais antigos museus de Paris, queria comemorar seus 150 anos. Este aniversário vem um pouco antes do museu ser fechado para uma grande reforma e queríamos celebrar este marco, destacando o DNA do Museu Carnavalet. Na origem do nome da magnífica mansão que abriga o museu, existe a palavra “carnaval”. A partir do século XVI, na verdade, os parisienses distorceram o sobrenome do inquilino das instalações, Madame Kernevenoy, e passaram a chamá-la de “Carnavalet”, e uma referência a esse nome como uma máscara de carnaval adorna o frontão de entrada na .

Como esse “Festival Rotas do Marais” debutou?

– O Carnaval é uma tradição parisiense que se apropriou de diferentes formas de acordo com as épocas: as Saturnálias, na Antiguidade, a festa dos loucos na Idade Média, a famosa “Courtille” a cerimônia do boi gordo entre muitas outras tradições festivas que literalmente não evocaremos nesta edição mas nos apropriaremos de sua dimensão poética e singular. As 16 instituições participantes elaboraram uma programação coerente com o espírito do Carnaval. O Museu Carnavalet convidou a companhia Carabosse, especializada em instalações com fogo, que vai criar nos pátios e jardins da mansão uma atmosfera poética e misteriosa. Músicos e dançarinos também vão intervir para fornecer um espetaculo completo, que o público vai participar vindo fantasiado com o tema da “Paris de ontem e hoje…” 

Quais os desafios devem ser superados num projeto desta dimensão?

– Instalar dispositivos de chamas num edifício histórico não é fácil, o nosso departamento técnico garantiu cuidadosamente para que tudo funcione e tomou todas as precauções de segurança para a segurança das pessoas. A outra dificuldade foi o financiamento: este evento ambicioso e totalmente gratuito tem sido possível graças à generosidade de nosso patrono, o grupo Emerige. 

Quais foram as fontes de inspiração para elaborar todos esses eventos que vão acolher o público neste ano?

– Nós tínhamos visto a companhia Carabosse em varios monumentos historicos: o Castelo de Fontainebleau, o antigo porto de Marselha, o Museu do Louvre em Lens, nos jardins das Tuileries. Eles transformam e sublimam a arquitetura de onde se apresentam e esperamos que o publico aprecie cada um dos fogos que preparamos para essa festa.  

Quais as propostas de espetáculos do Museu Carnavalet?

– Na noite do 10 de Setembro, propomos um passeio à fantasia no Marais das 19h às 20h, e para o museu, a empresa “Carnet de Bal” vai oferecer ao público a aprender sobre a dança histórica, músicos estarão presentes nos diferentes espaços do museu e, é claro, as coleções do Hotel Carnavalet estará acessível. O evento é gratuito, para participar, basta se fantasiar como parisiense e a página Facebook do museu sugere muitas ideias para fabricar seu traje. O Carreau du Temple também oferece neste mesmo final de semana ateliês de “relook” com a estilista Sakina M’Sa.

Como você qualificaria o “Festival Rotas do Marais”?

– Festivo, artístico, poético, inédito. 

Que tipo de sentimento o “Festival Rotas do Marais” evoca em você pessoalmente?

– Imaginamos este evento como um local de encontros entre artistas e público em geral. O local, um hotel do século XVI ampliado ao longo dos séculos, é em si mesmo excepcional. A “Compagnie Carabosse”, os músicos e dançarinos envolvidos tem em comum a capacidade de criar uma atmosfera festiva e alegre. Para o público, todas as fantasias, delirantes, ou não, são permitidas. Estou ansiosa para ver o que a alquimia dessa reunião vai criar.

 Quais são as perspectivas para o “Festival Rotas do Marais” no futuro?

– Este é um festival ainda muito jovem, com apenas dois anos, mas o seu potencial é enorme. Graças aos 25 lugares especiais que o compõem o “Festival Rotas do Marais” deve formular uma nova dimensão a cada edição.

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