Habitualmente chique

27 de novembro de 2018

Heather Clawson vive em um mundo ricamente visual, e ela é a imagem do amado blog Habitually Chic®. Entre estudar a pintura do século XIX, projetar interiores em Nova York, caçar nos mercados de pulgas e registrar viagens frequentes à França – e, é claro, estar por toda parte no Pinterest – ela vive treinando seus olhos em milhares e milhares de imagens. Para quem gosta de design, arte e viagens (e quem não gosta?), seu site é a solução diária perfeita.

“Descaradamente uptown”, é assim que Heather descreve seu próprio estilo, onde vive e trabalha. Demos uma espiada em seu lindo apartamento, localizado no último andar de um quarteirão rico de Nova York, e o que vimos não nos decepcionou. Clawson é uma colecionadora totalmente respeitosa com a tradição e se move de acordo com o seu próprio ritmo. No seu apartamento há mesas repletas de livros e talheres antigos guardados em jarros de vidro, deixando uma impressão que a decoração é rica e despreocupada, decadente e alegre.

Ela cresceu fora de Pittsburgh, onde, “Andy Warhol é o herói da cidade natal”, diz ela, e foi mergulhada nas histórias de Warhol’s Factory e Studio 54 logo no início. Nova York parecia “mítica, glamourosa e cheia de oportunidades.” Já cultivando seu senso de design, ela se debruçou sobre House & Garden – durante a temporada de Anna Wintour como editora – e acompanhou sua mãe enquanto ela fumegava papel de parede e caçava mercados de pulga locais. Quando Heather chegou a Nova York quase 15 anos atrás, ela se sentiu destinada ao Upper East Side, ela adorava a associação da cidade com Truman Capote e seus cisnes – Babe Paley, Lee Radziwill, C.Z. Guest – e o passado glamouroso.

Uma colecionadora obstinada, Heather é uma daquelas pessoas invejáveis ​​que parece encontrar pedras preciosas por onde passa. Ela compra ótimas pequenas pinturas para uma música ou vê uma linda peça de Wedgwood que alguém ignorou. Ela acredita em treinar seu olho olhando para arte e mobília mesmo quando eles estão fora do seu orçamento. “Com o tempo, você percebe porque um quadro dourado é melhor que outro”, afirma. “E então você pode identificar as coisas boas.”

Ela tem uma vantagem sobre a arte, tendo estudado a arte européia dos séculos XVIII e XIX, incluindo todos aqueles amados impressionistas, e é aí que seu gosto tende a seguir. Seu trabalho sempre funciona quando ela chega em casa, já que ela tem um dom para organizar objetos e nenhum desejo por um visual minimalista e aerodinâmico. “Definitivamente prefiro interiores que parecem mais coletados do que decorados. Tudo no meu apartamento conta a história de onde cada objeto veio, mesmo que seja um achado de 5 dólares no mercado de pulgas.”

TRADUÇÃO & EDIÇÃO DE TEXTO – Marilane Borges

REPORTAGEM – Cate La Farge Summers

IMAGEM © Manuel Rodriguez

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