Maison Boucheron

19 de abril de 2016

No mundo da alta joalheria francesa, Boucheron continua sendo a referência de uma das mais belas e mais valiosas maisons do mundo atraindo uma clientela sofisticada, que encanta pelas criações com o símbolo da serpente. Quatro gerações da família tem permitido à maison manter-se como líder global no mercado de joias, graças ao seu fundador visionário Frédéric Boucheron que,  com a idade de 28 anos, transformou o nome da família numa marca de alto prestígio. Artesão e artista talentoso, ele também era excelente homem de negócios. Perspicaz, ele soube atrair clientes da aristocracia russa e as grandes famílias americanas.

Boucherou foi um dos primeiros joalheiros a se estabelecer na Place Vendôme, em Paris, em 1893. A lenda diz que ele escolheu o número 26 desse endereço porque era o local mais ensolarado e, assim, sob os raios do sol, os diamantes exibidos nas janelas brilhariam ainda mais intensamente. Para além da lenda, a Boucheron é sobretudo a história  de uma paixão pela qualidade das pedras, que é o coração da maison, que não negligencia o caráter de cada pedra, é apartir dessa singularidade que os acessórios são desenvolvidos. O segredo da Boucheron repousa em como os artesãos vão mostrar a beleza natural das gemas, do tamanho ao desenho, tudo é calculado para revelar a alma escondida de uma pedra expondo sua beleza perfeita.

Apaixonado pela natureza, Boucheron transformou a fauna e a flora em famosos desenhos de joias, criando peças de inspiração memoráveis. Tanto que a serpente é o símbolo da maison. Cobras, sapos, camaleões, libélulas, corujas, pássaros e gatos, além de flores delicadas, gotas brilhantes de chuva, folhas, ondas impressionantes encontraram caminho em obras-primas que se transformaram em belas joias. Este amor pelas criações e seu fascínio pela natureza foram coroados em 1878 com o famoso colar “Folha”, um conjunto com safiras e diamantes e, no centro, uma safira de 159 quilates. Esse modelo venceu o Grande Prêmio da Exposição Universal de Paris.

Frédéric Boucheron desapareceu em 1902, deixando os negócios da família nas mãos de seu filho Louis, que era engenheiro civil. Ele, assim como seu pai, tinha herdado a perspicácia nos negócios e a paixão pelas pedras preciosas. Foi ele quem iniciou e se envolveu na relação com a Índia. O fascínio de Louis Boucheron por este país, transformou um negócio em verdadeiro coração do patrimônio exótico da maison. Tudo começou com uma das histórias contadas sobre a Boucheron que, em 1928, recebeu uma comitiva do Marajá de Patiala, que trouxe com ele todas as jóias de seu tesouro. A solicitação era que a maison criasse para cada pedra precisosa uma nova joia. O resultado foi inédito: 1409 encomendas pendentes para o Marajá!

Mas esta não é a única lenda que envolve a maison e seus clientes afortunados. Conta-se que em 1930, o xá do Irã, Shah Pahlavi Riza, perguntou se Louis Boucheron conseguiria estimar o tesouro nacional Pérsico, incluindo nacontagem, os dois maiores diamante rosa no mundo. O acordo foi feito e jurado entre os dois homens, que prometeram nunca revelar o valor do tesouro, como Louis Boucheron desapareceu em 1959, esse segredo nunca foi revelado. Essa aliança de confiança fez com que, vinte anos depois, o Xá procurasse a maison Boucheron para criar a coroa de casamento da sua futura esposa, Soraya Esfandiari.

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