“Maison Méert”

1 de maio de 2017

Gula, criação e história são alguns adjetivos que podem qualificar a maison Méert, especializada em mais de 300 receitas de doces e delícias, como waffles, bombons, chocolates, geléias de frutas, caramelos, marshmallows, macarrons, pão de especiarias, compotas. Com lojas e casa de chá em Lille, Roubaix, Bruxelas e Paris, a maison Méert é um sucesso secular. Impossível passar diante de suas vitrines e não babar, literalmente, com suas deliciosas sugestões açucaradas.

Originalmente mercearia e boticário, a maison, já bem estabelecida, recebe dos magistrados de Lille em 1677 autorização para diversificar e estender suas atividades para a padaria e pastelaria. O belga Delcourt, chocolateiro e confeiteiro, assumiu o negócio em 1761, seguido por seu compatriota Modo Rollez que, graças ao seu famoso sorvete, transformou o local numa grande doceria. No final do século XVIII, Lille terá, portanto, a sua revolução pasteleira. Foi o mesmo Modo Rollez que, com seus amigos artistas, o arquiteto Benvignat e Alphonse Alexandre Leroy, criou a identidade visual da maison tal qual a conhecemos com uma incrível decoração à la Pompéia, em estilo oriental flamboyant, e o talentoso Stalars e Huidiez, respectivamente, pintor e escultor dão o toque final de época.

Em 1849, o também belga Michael Paulus Gislenus Méert assumiu o negócio depois de cinco anos nos assentamentos nas plantações de cacau, cana de açúcar, baunilha e café. Com uma rica experiência acumulada junto aos maiores confeiteiros na Europa, Méert desenvolve os já numerosos doces da confeitaria e cria o fabuloso waffle com recheio de baunilha, deixando finalmente o seu nome e sua marca gastronômica como insígnia da maison.

A história gastronômica do local, os clientes renomados e os gourmets de todas as classes sociais se tornaram verdadeiros Relações Públicas da maison, que conta ainda com séquito de admiradores formado por inúmeros artistas, escritores, chefes de Estado, membros das famílias reais e personalidades ilustres, como o General de Gaulle, Marguerite Yourcenar e Amélie Nothomb, além das famílias de Bourbon de Parme, de Orléans e de Beauffremont ou ainda Napoleão e Napoleão III, que se deliciam à grande com este doce sabor de incomparável suavidade. Correspondance Magazine® foi conferir a riqueza gastronômica e cultural dessa maison que nasceu nos idos do século XVII e ainda ocupa o mesmo endereço no centro antigo de Lille, no norte da França.

RECEITAS – “Nossos chefs pâtissiers são verdadeiros artistas. Tanto quanto as receitas de família dos nossos principais clientes que são uma constante fonte de inspiração.”

SUCESSO – “Sempre utilizamos os melhores produtos e, o mais importante, sem conservantes: manteiga, creme e uma atenção contínua à qualidade para produzir os melhores waffles e chocolates, além de uma eclética seleção de doces.”

HISTÓRIAS – “Nossos clientes são fiéis e perpetuam esse “savoir-vivre” entre a 4ª e 5ª gerações de suas famílias. Temos uma cliente de 82 anos que todos os dias, a partir de 16h a 18h, está presente em nossa loja. Ela conta que lembra quando seus primos Scrive receberam a rainha Amélie, Napoléon III, Chopin, Victor Hugo e lhes ofertaram caixas de delícias da maison.”

PERSONAGENS – “Muitos anônimos e outros nem tanto: Mozart, Buffalo Bill, Alain Souchon para citar apenas alguns…”

PROJETOS – “Inauguração de um museu que vai ser aberto ao público ainda neste ano de 2017 e uma escola de pâtisserie também está a caminho.”

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