Napoleão no Castelo de Fontainebleau

22 de fevereiro de 2018

Napoleão Bonaparte foi um grande conquistador, líder político e militar emblemático em todos os serviços em que dirigiu, além de ter criado a ordem da Legião de Honra, instituiu o Banco da França, reabriu o livro da dívida pública, elaborou o Código Civil ou Código Napoleão, restaurou a escravidão nas Índias Ocidentais e é um dos maiores mitos da História. Ao mesmo tempo que tentava salvar a própria pele de todas as tramas formadas contra ele, tirava partido de todas as ocasiões em que era atacado e saia invariavelmente vitorioso aumentando ainda mais seu poder. Em 1802, o Senado o nomeou cônsul para a vida e proclamou-o Imperador em 1804, quando foi coroado sob o nome de Napoleão pelo Papa Pio VII, que veio a Paris expressamente para esta cerimônia. Napoleão também foi coroado rei da Itália.

As histórias em torno do personagem de Napoleão inspiram, fustigam e aguçam a curiosidade do público em geral, para quem deseja conhecer um pouco mais da intimidade desse homem que fez história, o Castelo de Fontainebleau, há alguns quilômetros de Paris, reestruturou parte da cenografia do Museu Napoleão I, colocando em evidência suas coleções. O visitante poderá descobrir, a partir de 25 de fevereiro, peças que ilustram a vida íntima do grande chefe de Estado, como uma miniatura em marfim representando o rei de Roma por Isabey, luxuosas peças de porcelana do Primeiro Império, classificadas “Tesouro Nacional”, um vaso adornado com o retrato de Augusto e outro com o retrato da imperatriz Marie-Louise, da fabricação imperial da Manufatura de Sèvres.

Para guiar os visitantes, painéis didáticos explicam a origem das obras, permitindo uma compreensão mais fácil do sistema napoleônico. O Museu Napoleão I foi criado em 1986 na ala Luiz XV do castelo, no local onde era acolhido os antigos apartamentos principescos. A coleção excepcional apresentada em Fontainebleau traça a fervorosa carreira do Imperador e a narrativa de sua família através de inúmeras obras que combinam funções históricas e decorativas, como retratos pintados e esculpidos, armas, objetos de arte e criações gráficas, ilustrando o papel relevante desempenhado pelas artes sob o Primeiro Império. Para festejar Napoleão e as exposições itinerantes em sua homenagem, a editora Hazan lançou um livro-catálogo, denominado “La maison de l’Empereur”, em tradução livre, “A casa do Imperador”, sob direção de Nathalie Bondil, Diretora Executiva e Curadora-Chefe do Museu de Belas Artes de Montreal para dar eco à exposição Napoléon. Art et vie de cour au Palais impérial. A agenda da mostra que se extende até 2019 pode ser seguida no Museu de Belas Artes de Richmond, Virgínia, de 9 de junho a 3 de setembro, e no Museu de Arte Nelson-Atkins, em Kansas City, de 19 de outubro de 2018 a 3 de março de 2019 e concluirá sua turnê no Museu Nacional de Arte do Castelo de Fontainebleau de 5 de abril a 15 de julho de 2019.

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