Joseph Dirand

16 de janeiro de 2015

O arquiteto francês Joseph Dirand concebe seus projetos com imagens mentais que ele contrapõe às suas referências artísticas para criar espaços gráficos que refletem sua personalidade. Apaixonado por história da arte e moda como conceitos que ultrapassam a noção do efêmero é dessa forma que Joseph Dirand executa projetos de uma simetria radical e, infalivelmente, em preto e branco. Seu QG está baseado em Paris mas seus projetos estão semeados pelo mundo, Londres, Nova York, Tel Aviv são algumas das capitais que acolhem o talento desse jovem arquiteto, que prefere trabalhar com uma equipe composta por membros da família. Tanto que é seu irmão, Adrien Dirand, quem assina as imagens de todos os seus projetos.

Filho de pai fotógrafo, Adrien parece ter um olho fixo no visor e se vale de enquadramentos perfeitos para transformar interiores com uma mise-en-scène cinematográfica. Cada linha do projeto segue uma combinação bem ordenada com uma sequência de imagens que se submetem ao rigor da beleza, onde corredores de hotéis tem simetria tridimensional como se fossem quadros cubistas e butiques se assemelham à instalações artísticas. O espírito das suas criações é definido pelo controle dos volumes, das linhas retas e dos materiais refinados, que certificam uma áurea de extrema elegância aos seus projetos.

Joseph Dirand se vale dos preceitos arquiteturais mas diz ter se liberado intelectualmente dessas referências para poder criar seu próprio estilo. No entanto, ele soube desde o início da sua carreira usar todos esses códigos em benefício de seus projetos para tirar vantagem e se inspirar com um único objetivo: reescrevê-los à sua própria maneira. Todavia, sua preferência continua sendo a arquitetura tradicional do século 18 com flertes nos anos 1930 e 1940. Com uma pitada de talento e irreverência cada um dos seus projetos responde ao contexto atual mas sem criar nenhum excesso, “a ideia é desenhar uma cenografia, projetar uma imagem que alimente o espírito,” afirma o arquiteto. Para atingir esse objetivo, Dirand se vale de linhas verticais e alturas elevadas para criar ambientes com um charme inusitado. No quesito fortes contrastes, ele brinca com o design do mobiliário vintage, uma palheta de cores que se casa com fachadas gráficas, jogos de espelhos que refletem uma obra de arte e dão profundidade aos espaços. Tudo isso para criar em seus ambientes uma certa dramaturgia com uma mensagem sofisticada de um luxo atemporal.

www.josephdirand.com

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