“Mãos sem sono”
O dicionário afirma que a mão, do latim, manus, significa do “lado do corpo”, é um órgão efêmero, pré-humano, localizado no final do antebraço e conectado ao último pelo pulso. É um órgão capaz de aproveitar e manipular objetos. Nos humanos, a mão é um órgão extremamente desenvolvido e importante, possuindo uma ampla gama de ações, que também tem significados e é capaz de se comunicar, pense na linguagem gestual dos deficientes auditivos. Para homenagear essas mãos manipuladoras, no bom sentido, que a Fondation d’entreprise Hermès dedica uma exposição poeticamente batizada de “Les Mains sans sommeil”, em tradução literal, “Mãos sem sono”, em cartaz no Palais de Tokyo, em Paris, até 07 de Janeiro de 2018.
Como uma ferramenta de execução maravilhosa, a mão é especialmente evocada como “mão central” em referência ao cérebro do artista, que é o mote dessa mostra, patrocinada da Maison Hermès. “Mãos sem sono” tem curadoria de Gaël Charbau e lança luz sobre o projeto criativo de Bianca Argimon, Jennifer Avery, Clarissa Baumann, Lucia Bru, Io Burgard, Anastacia Douka, Celia Gondol, DH McNabb e Lucie Picandet, artistas-residentes entre os anos de 2014 à 2016, que ocuparam os ateliês criativos da Hermès. Guiado imaginariamente pelas “Mãos sem sono” coloca em evidência o espírito inovador da Fondation d’entreprise Hermès, que deu liberdade total em termos de criação artística aos projetos desses artistas visuais. Em meio às instalações, os convidados se deparam com peças inéditas feitas de materiais singulares, como seda, couro, prata, cristal, em interação com os artesãos construindo uma intricada composição visual executada pelas mãos que não tem sono e não descansam jamais.
IMAGEM Tadzio © Fondation d’entreprise Hermès
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