“Compagnie Coloniale”

11 de maio de 2017

Segunda bebida mais consumida no mundo depois da água, o chá tem uma história deliciosa que começou na China há mais de cinco mil anos e que se proliferou em todos os recantos do mundo, onde continua a ser, ainda hoje, muito apreciado. Para falar dessa bebida mítica Correspondance Magazine® conversou com Vincent Balaÿ, diretor da Compagnie Coloniale, uma das mais antigas empresas de chás, fundada em 1848 pela família Meric, que inicialmente era especializada na transformação e comercialização de chocolate. Uma história que data de 1860, quando os empreendedores da época propuseram uma variedade de chás importados da Indochina, dando origem ao nome “Compagnie Coloniale”.

“Temos em nossos arquivos um projeto de lei que data de 1864 que confirma esse fato, atestando que desde a origem da Compagnie Coloniale está ligada a arte de viajar”, admite Vincent Balaÿ. Nada mais natural para a empresa que já cruzou oceanos e fincou sua âncora no Japão e na Coréia e se prepara para conquistar a Alemanha e outros países europeus. “Na França, temos planos ambiciosos de expansão dos nossos distribuidores, que já são bem numerosos, mas continuamos vigilantes para acolher qualquer oportunidade de negócios que nos seja oferecida”, afirma Balaÿ.

Para essa missão de expansão, a marca, que já passou por várias mudanças ao longo dos anos a fim de se adaptar às novas exigências dos consumidores, continua investindo em sua forte identidade histórica. “Faz parte do nosso objetivo global trabalhar, em primeiro lugar, o renascimento dessa marca tradicional, tirando partido dos benefícios do tempo”, atesta Balaÿ. Com esse objetivo em mente, a empresa investe constantemente na sua identidade visual por meio de uma embalagem atraente, como suas latas decoradas em preto e dourado e tirando partido do uso da publicidade do final do século XIX, desenhada por ilustradores talentosos como Felix Lorioux, por exemplo.

Além de manter e desenvolver um savoir-faire para a criação de aromatizantes e condicionamento de embalagem de chás na França, a Compagnie Coloniale tem se inspirado em permanência nas tendências gustativas encontradas na gastronomia. Como afirma Vincent Balaÿ: “acreditamos que temos como missão educar os consumidores a fim de que eles descubram uma triagem consistente de chás naturais que selecionamos com o intuito de fazê-los descobrir outras delícias.”

Se o chá tem sido cada vez mais consumido na França por um público muito mais amplo, os grandes clássicos, como Earl Gray, o chá verde e o chá de hortelã continuam como líderes indiscutíveis dessa fatia de mercado. “No entanto, afirma  Balaÿ, criamos regularmente novas misturas para atender tanto a demanda crescente em “Rooibos”, chá verde e outras plantas para infusão.” Outro ponto importante relacionado ao posicionamento premium da Compagnie Coloniale consiste em consolidar o apelo de “marca de tradição” e continuar investindo em qualidade e conhecimento para a fabricação dessa bebida que é voltada especialmente para satisfazer os sentidos e as papilas.

IMAGEM ©Maria Spera

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