Cultura do Sabão
A nova plataforma multidisciplinar Soap Culture, em Veneza, explora o sabão não apenas como material, mas como subcultura, questionando sua origem na natureza e na cultura. Iniciada por Murmur – Sofia Elias e Barnabé Fillion – que se inspiraram ‘na e da’ metáfora do sabonete, os artistas transmitem momentos e sensações íntimas que convidam à reflexão sobre o seu caráter transformador.
A exposição de estréia, “Lavati la bocca con il sapone” (lavar a boca com sabão), apresenta obras de artistas internacionais como Manuel Alvarez Bravo, Miroslaw Balka, Etienne Chambaud, Phil Collins, Mimosa Echard, Dominique Gonzalez-Foerster, Mona Hatoum, Thembinkosi Hlatswayo, Thomas Mailaender, Murmur, Gabriel Orozco, Max Piva, Teodoro Teadora, Wolfgang Tillmans, Livros Raros, Namacheko e Low Jack.
“Lavati la bocca con il sapone” é uma expressão figurativa usada para repreender alguém que disse algo inapropriado ou ofensivo. No nosso presente, a expressão pode vir em nosso auxílio para combater todas as expressões de ódio, conflito e evocar uma abordagem para reformular as nossas palavras.
Murmur, Sofia Elias e Barnabé Fillion, têm explodido silenciosamente em estudos sobre os sentidos, murmurando publicamente a linguagem do sabão e realizando uma exploração em constante mudança com os materiais.
A essência da Soap Culture em Veneza assemelha-se a uma bolha de sabão: uma entidade transitória que encapsula transferências. Essa associação recém-nascida funciona como motor de múltiplas atividades e projetos destinados a um futuro, num espaço que no passado foi lugar de arte, design e arquitetura, transferido por Paolo Piva e sua família para Murmur. Veneza, cidade caracterizada pela fluidez e imersão, é o seu cenário atual.
A exposição “Lavati la bocca con il sapone” fica hospedada no Palazzo Zon, em Castello, Veneza, até 15 de junho de 2024.
EDIÇÃO DE TEXTO – Marilane Borges
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