Damien Langlois-Meurinne

7 de setembro de 2015

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Para festejar mais uma primavera, AD Intérieurs convidou 15 decoradores, designers e criadores para montar cenários que reflitam os modernos modos de vida. Do escritório à cozinha, passando pela sala, todos se impregnaram de suas referências estéticas para criar uma cenografia rica e imaginativa colocando em evidência a decoração de interiores do futuro. A apresentação desses projetos no Palácio de Iéna, sede do Conselho Econômico, Social e Ambiental, mostrou vários cenários criativos em harmonia com essa temática atual. Correspondance Magazine® entrevistou com exclusividade Isabelle Stanislas, Bismut & Bismut, Dimore Studio, Damien Langlois-Meurinne, Thierry Lemaire, Patrick Norguet, Oitoemponto, Daniel Suduca e Thierry Mérillou para conhecer em detalhes suas histórias, aspirações, novos projetos e muito mais… Boa inspiração!

Fale-nos um pouco da sua trajetória…

– Minha primeira experiência arquitetônica foi a construção de uma cabana, quando tinha 10 anos, desde então vivo desenhando cabanas de vários tamanhos e formatos. Cursei a escola Camondo e fiz minhas armas com o designer de interiores Christian Liaigre para em seguinda, em 2004, criar minha agência DL-M.

Quais são suas fontes de inspiração?

– A natureza e os contrastes, o design dos anos 40/50/60, as viagens.

Quais as palavras que melhor definem seu trabalho?

– Atemporal, sensual com textura.

Como você escolhe os materiais com os quais irá trabalhar?

– Gosto dos contrastes: aspereza e lisura; sofisticação e simplicidade; luz e escuridão; pedra e madeira, metal e couro… Em outras palavras, o que me interessa não é o que material pode ser mas o conjunto de materiais e as implicações que eles produzem entre si. Oposições que, bem equilibradas, criam uma certa estabilidade e formam uma harmonia perfeita.

Você trabalha sob o ritmo das tendências ou segue sua própria intuição?

– Intuição !!!

Existem figuras do mundo da decoração e do design ou outra área que o inspiram? Como e por quê?

– No momento, os designers italianos dos anos 40/50, os seus desenhos refinados e elegantes, revelam um gracioso sentido das linhas. Sou especialmente fascinado pelos desenhos de Carlo Mollino.

Como você se define: designer de interiores, decorador ou criativo?

– O arquiteto de interiores desenha em todos os níveis, começando pelos volumes, pelas circulações que vão compor o ambiente e pela luz natural. O decorador entra nos detalhes para vestir esta arquitetura. Enquanto o criativo e o designer intervem quando o desenho se faz necessário para conceber o mobiliário e acessórios que irão completar o projeto.

Conte-nos um pouco sobre seus novos projetos…

– Muitos projetos no exterior: boutiques para uma marca de cosméticos de luxo em toda a China, um Spa luxuoso em Pequim, o primeiro em seu gênero, um apartamento parisiense, uma casa no Lago de Genebra, na Suíça, entre outros.

Com o que você sonha?

– Em fazer um restaurante, gosto da ideia de um lugar festivo, um local de recepção em torno de gastronomia. O gênero de projeto que demanda uma escrita estenográfica, por si só, para transportar as pessoas para um universo exótico, proporcionando conforto e bem-estar.

www.dl-m.fr

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