Dan Yeffet
“Em tudo o que crio, o que vem primeiro é o coração, que deve sempre se mover antes do processo cerebral”, atesta o designer globettroter Dan Yeffet. “Se eu conseguir fazer com que as pessoas percebam isso nas minhas criações, posso me considerar um vitorioso no que faço.” De origem israelense, Yeffet morou em Amsterdam alguns anos e atualmente vive em Paris, onde assina várias coleções para a Wonderglass com a qual participou recentemente do salão Maison & Objet onde criou peças para uma instalação conceitual no espaço da empresa italiana. Batizada de “Gabinete das Curiosidades” a Wonderglass apresentou algumas das suas melhores obras criadas pelo WonderLab, laboratório de inovação e tecnologia da WonderGlass, e desenhadas por designers internacionais, dentre os quais Zaha Hadid, John Pawson, Jamie Hayon, Marcel Wanders, Claesson Koivisto Rune, Nao Tamura, Hideki Yoshimoto e próprio Dan Yeffet.
Batizada de “Horrow” (Oco) Yeffet imaginou esculturas em vidro de Murano que, expostas no chão, iluminam o espaço e colocam o objeto na perspectiva do contexto da arquitetura. O desenho das peças captura a luz e a molda como um elemento básico, interpretando um diálogo entre os elementos naturais, o design tradicional e a tecnologia, colocando “Hollow” no centro do palco. Correspondance Magazine® conversou com o jovem designer formado em design industrial pela Escola de Arte e Design em Jerusalém, que se especializou em criar espaços e objetos, valendo-se de vários métodos do artesanato clássico às tecnologias de ponta. Quando questionado sobre o que o inspira, Yeffet afirma que a inspiração pode ser encontrada em todos os lugares, assim como em viagens, pessoas, livros, afinal, a vida diária nos fornece tudo, conclui. “Se você é uma pessoa receptiva, atenciosa, observadora e capaz de interpretar a realidade, tudo está lá, bem na nossa frente. Tudo é uma questão de perspectiva”, constata o designer.
Suas criações, que podem ser encontradas em vários museus, galerias e fundações de renome ao redor do mundo, confirma o que o próprio Yeffet se considera: “sou um designer, acima de tudo.” Seu trabalho é comumente descrito como inovador, simples e com uma forte identidade. Orgulhoso do seu processo criativo, ele repete que seus objetos são destinados a evocar emoções e desenvolve o assunto, posicionando a emoção como fator sine qua non de tudo o que faz. “O meu verdadeiro objetivo é provocar uma emoção. Em seguida, vem a parte estética e a técnica mas em tudo o que crio o que vem primeiro é o coração que deve sempre se mover antes do processo cerebral,” conclui o designer que ama juntar linhas, formas e cores, para criar a história de um objeto para definir seu uso.
IMAGEM © Wonderglass © Antonio Manago
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