Dança das cadeiras

2 de julho de 2020

A cadeira é a peça de mobiliário mais próxima dos seres humanos. Ela toca o corpo, os braços, as pernas, o assento e as costas da pessoa que a usa. É a pedra de toque e o teste de fogo de um designer, além de ser o elemento favorito da história do design como um dos objetos funcionais e decorativos, que agregam valor à humanidade. Ela diz quase tudo sobre o tempo e a cultura para a qual foi criada e confere à pessoa que está sentada nela um status e uma identidade particular. Não é por acaso que, para cada circunstânca, existe um modelo de cadeira específico e sua conexão com a realeza, o magistrado, o clero, as academias de letras e das artes, entre outros segmentos de poder, nos lembra as muitas associações dos grandes eventos históricos e sua relação com as cadeiras.

Para tratar dos papéis singulares que  as cadeiras ocupam na sociedade, a editora Strandberg Publishing lançou o fascinante The Danish Chair – An International Affair, em tradução livre para o português, “A cadeira dinamarquesa – Um caso internacional”, que conta com mais de 300 ilustrações históricas e imagens atuais, que compõem uma seleção de 110 cadeiras dinamarquesas habilmente apresentadas neste livro de formato vertical. Escrito pelo especialista em design Christian Holmsted Olesen, o autor se debruça sobre as fontes de inspiração dos designers, colocando em evidência, especialmente, as cadeiras de fabricação manual e de estilo dinamarquês. Entre outros detalhes, a publicação evoca o fato de como o design escandinavo se tornou uma marca internacional e todos os tipos de cadeiras que ilustram a história desse sucesso dinamarquês do século XX até a aventura de exportação desse modelo de modernidade tipicamente dos países nórdicos.

EDIÇÃO DE TEXTO – Marilane Borges

IMAGEM – Cortesia da editora Strandberg Publishing para o livro “The Danish Chair – An International Affair” © Pernille Klemp, Y-stolen (1950), Hans J. Wegner, Jakkens Hvile (1953), Hans J. Wegner, Knoglestolen (1944), Finn Juhl, Metropolitanstolen (1949), Aksel Bender Madsen og Ejner Larsen, Karmstolen (1917), Kaare Klint, 7’eren (1955), Arne Jacobsen, Sløjfestolen (1963), Grete Jalk, Pantonstolen (1960), Verner Panton © Todos os direitos reservados

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