James Aman

19 de julho de 2017

Desenhado em torno de importantes coleções de arte, “The New Formal” é a essência do trabalho de James Aman, que exibe um portfólio exclusivo com dez magníficas residências e apartamentos situados na Park Avenue e Upper East Side, townhouses em Nova York, bem como propriedades deslumbrantes em Greenwich, Hamptons e Palm Beach. Da concepção original até a publicação final, os designers James Aman, John Meeks e Meredith Aman passaram cerca de dois anos para selecionar uma série de projetos organizados com base na diversidade da localização das residências, na versatilidade dos estilos e, o mais importante, no foco em como o design de interiores foi pensado para cada projeto. “Essa pesquisa surgiu de forma natural e orgânica, especialmente porque 90% dos lares de nossos clientes são preenchidos com arte, que é um ponto focal para eles e um elemento chave em nossa própria estética do design de interiores”, conta Aman.

Ricamente ilustrado, “The New Formal”, a editora The Monacelli Press delineou um livro requintado, destilando em imagens anos de trabalhos de James Aman com uma coleção de seus projetos mais admiráveis. O livro foi batizado de “The New Formal” por uma razão muito específica: “essa frase é a nossa interpretação do que a excelência do design deve ser: elegante, porém, acessível. Uma combinação irresistível que nos guia em todos os nossos processos de arquitetura de interiores.” Com pouco texto, apenas na página de introdução de cada capítulo e nas legendas, escritas pelo editor Mark Stephen Archer, a estrela da publicação são as imagens dos projetos clicados pela fotógrafa Karen Fuchs, que soube lançar uma luz especial, através de suas lentes experientes, nas casas que aparecem no livro que contam invariavelmente com belas coleções de arte. “Temos a sorte de ter clientes de longa data que nos fazem confiança em mostrar suas coleções assinadas pelos maiores artistas de todos os tempos como Picasso, Dubuffet, Giacometti, Rothko, ou Andy Warhol”, confessa Aman.”Nosso desafio é exibi-los em nosso esquema de trabalho: enquadrá-los, pendurá-los e iluminá-los para que eles complementem o esquema do nosso projeto de decoração geral.”

Quando fala de suas fontes de inspiração, James Aman costuma citar Le Corbusier, como um verdadeiro gênio “alguém que realmente abriu caminho para aliar arquitetura, design e planejamento urbano”, confessa admirativo. Albert Hadley e Bill Blass também chamam a atenção de Aman como grandes figuras da indústria de design e os penúltimos designers de moda cujas casas em Nova York e Connecticut não tinham rival em termos de talento e criatividade. Todos esses personagens talentosos fazem Aman pensar em seu próprio perfil e confessa nunca ter sido um bom aluno em matemática ou ciência, “gravitava em direção às artes e tinha uma atração pela cor e pela composição, que significavam muito para mim.” Assim como os artistas, James Aman aplica os mesmos princípios aos seus projetos de design de interiores, atribuindo luz, cor, textura e escala, como numa tela artística. “Sempre amei a beleza de uma pintura ou de uma escultura, essas inclinações iniciais são as mesmas que me guiam até hoje na minha profissão”, atesta. “Sou abençoado por empreender meu tempo e energia criando e projetando casas lindas e aconchegantes.”

Em seu livro “The New Formal”, James Aman mistura com elegância uma variedade de ideias decorativas, como se não existisse uma única maneira, gênero ou estilo para criar uma decoração de interiores com personalidade. Na publicação, aparecem mobiliário ornamentado de gerações anteriores com obras de arte contemporâneas, muitas vezes provocadoras, como Cindy Sherman e Richard Prince, que inspiram e criam uma atmosfera com uma estética mais moderna. “A essência da criatividade do design é ver e saber como juntar as coisas que podem parecer díspares, mas que realmente parecem adequadas quando combinadas com harmonia”, aconselha o design de interiores. “Seja ousado, seja ousado e veja sua tela, seu interior, com um olho crítico.”

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