Knud Holscher

10 de dezembro de 2016

Talvez você não tenha percebido, mas a cadeira em que você está sentado, a lâmpada acesa, os talheres ou ainda a maçaneta da sua porta foi desenhada por Knud Holscher, um dos maiores criadores de objetos utilitários com design arrojado. Suas criações são visíveis também em projetos arquitetônicos renomados espalhados em todos os lugares públicos, aeroportos, escolas, universidades e escritórios. As criações de Holscher cruzam o globo como uma marca de qualidade discreta e, pouco importa o que você faça, de alguma maneira você vai estar em contato com algum objeto desenhado pelo designer. “Nós temos uma tradição na Dinamarca, desenhar objetos para pessoas comuns. Quando alguém me pedia para desenvolver peças de design para outra fatia do mercado, sempre respondia que não era possível… eu só posso desenhar coisas que amo por isso meus objetos são pensados para pessoas comuns”, conta Holscher.

Seus projetos de arquitetura são precisos, particularmente funcionais e oferecem uma imagem perfeita do pragmatismo. Fazendo jus à civilização industrial moderna, padronização, estrutura, material e função são o credo desse designer dinamarquês. Knud Holscher transportou para o design industrial e urbano sua atenção especializada, valendo-se do melhor do artesanato nórdico para incorporar na vida cotidiana seu interesse pelo bem-estar interior sem frescura. Durante sua exposição intitulada “Knud Holscher – Design no cotidiano” em cartaz até Janeiro de 2017 na Maison da Dinamarca, em Paris, Correspondance Magazine® conversou com o mestre da arquitetura e do design industrial para conhecer a razão da sua paixão pela criação de objetos e espaços utilitários.

Conte-nos um pouco sobre a pesquisa que você faz para elaborar suas criações.

– É sempre importante adquirir o conhecimento certo para tomar as decisões certas. No meu caso específico, uso diariamente a minha percepção e me pergunto se poderia ser diferente e melhor.

Você diz que utiliza a percepção para analisar suas criações, além dela, que outras etapas você segue para desenhar objetos e espaços?

– Pesquisa e a compreensão dos problemas para traduzir isso numa expressão humanista.

Por quê criar é tão importante para você?

– Nós temos que andar lado a lado com o passado para usar toda a experiência e conhecimento adquiridos e ser capaz de melhorar as coisas, caso contrário, seria como inventar a roda outra vez.

Qual é a parte mais gratificante do seu trabalho?

– Ver meu design e arquitetura sendo usado na vida diária, no mundo real, e ter uma resposta positiva do usuário.

Por quê você faz design e arquitetura?

– Porque acedito que podemos melhorar a vida do ser humano e oferecer benefícios para a sociedade. Como tenho esperança num mundo melhor no futuro, continuo fazendo design e arquitetura.

Como você avalia seu interesse neste assunto em particular?

– Gosto e amo a vida e de todas as conexões sociais entre os seres humanos. Meu campo de trabalho com design e a arquitetura apoiam e enfatizam esses valores.

Quais designers ou arquitetos você admira ou admirou enquanto construia sua carreira?

– Oscar Niemeyer, Le Corbusier, Arne Jacobsen e muitos outros. Todos eles eram grandes pensadores e acreditavam no poder de melhorar o mundo em que vivemos, criando o belo e o utilitário através da arquitetura e do design.

O que você mais aprecia no fato de ser um designer e arquiteto?

– Aprecio o fato de ver o objeto em uso na vida real, observar que as pessoas se apropriam dos espaços corporativos para desfrutar de momentos emocionantes com os colegas de trabalho. No final, todas as pessoas que encontramos ao longo desses projetos estão interessadas em dar o melhor de si e produzir algo significativo. 

O que ainda lhe fascina nesse “métier”?

– O fato de que posso fazer a diferença e construir uma forte impressão de que os objetos e a arquitetura podem e devem ser bens duradouros para a sociedade.

O que você gostaria que as pessoas guardassem como ponto importante sobre suas criações?

– A abordagem humana com a qual desenvolvo os projetos.

Maison du Danemark – 142, avenue des Champs-Elysées, Paris

www.maisondudanemark.dk/

 

 

 

 

 

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