Licença para viajar

“Um passaporte é a parte mais preciosa de uma pessoa. Não é tão fácil de fazer quanto um ser humano. Uma pessoa pode ser feita em qualquer lugar, nas circunstâncias mais vertiginosas e sem razão, mas isso nunca é o caso de um passaporte. Um passaporte é considerado bom se for válido, enquanto uma pessoa pode ser boa e ainda assim não ser considerada válida…” Bertolt Brecht, Flüchtlingsgespräche, 1940/41

“Licença para viajar – Uma história cultural do passaporte”, do título original License to Travel, lançado pela University of California Press e autoria de Patrick Bixby, leva o leitor a uma viagem cativante do Egito faraônico e da China da dinastia Han aos controles de passaporte e campos de refugiados lotados de hoje. O passaporte é um documento oficial que determina com certeza a identidade, nacionalidade e local de residência de uma pessoa. Como documento de identidade, ele define quem tem direito a viver onde, quando e por quanto tempo, e quem pode entrar e sair do território.

Esta surpreendente história global de um documento indispensável revela como o passaporte moldou a arte, o pensamento e a experiência humana, ajudando a definir o mundo moderno. Ao longo dessa viagem, o leitor irá examinar os passaportes de artistas, intelectuais, escritores e músicos, mensageiros antigos e migrantes modernos. Nas páginas desse livro você vai constatar como esse documento aparentemente humilde nos envolve em narrativas maiores sobre identidade, mobilidade, cidadania e autoridade do Estado.

Com descobertas inesperadas a cada passo, “Licença para viajar” expõe o passaporte como um instrumento de liberdade pessoal e uma ferramenta de vigilância governamental poderosa o suficiente para definir nossa própria humanidade. Patrick Bixby convida os leitores a conhecer as histórias íntimas de vulnerabilidade e desejo, juntamente com exemplos vívidos extraídos do cinema mundial, literatura, arte, filosofia e política. Testemunhando a autoridade que os documentos de viagem exercem sobre nossos movimentos e nossas emoções enquanto circulamos pelo mundo.

EDIÇÃO DE TEXTO – Marilane Borges

Reportagem Especial Correspondance Magazine®

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