Max Mara Art Prize for Women

Max Mara, a Whitechapel Gallery e a Collezione Maramotti premiou Dominique White (como a vencedora do Max Mara Art Prize for Women. White foi selecionada por um painel de especialistas do mundo da arte, como a galerista Rozsa Farkas, a artista Claudette Johnson, a escritora Derica Shields e a colecionadora Maria Sukkar.

O painel foi presidido pela curadora convidada do Prêmio, Bina von Stauffenberg, em colaboração com Gilane Tawadros.

A proposta vencedora de Dominique White para a 9ª edição do Max Mara Art Prize for Women é baseada num novo corpo de trabalho intitulado Deadweight, tendo como ponto de partida a medida de ‘tonelagem de peso morto’, um termo oficial usado na indústria marítima que calcula quantos unidades de peso que um navio pode suportar antes de afundar.

O projeto é um lançador de alerta das preocupações artísticas e políticas da artista, ao mesmo tempo em que ela se envolve com narrativas adicionais e camadas culturais que serão pesquisadas e desenvolvidas durante sua residência de 6 meses na Itália.

Dominique White vive e trabalha entre Marselha e Essex. Ela é uma escultora e artista de instalação, interessada em criar novos mundos para ‘Blackness’ e fascinada pela potência metafórica e poder regenerativo do mar.

Através de suas obras fantasmagóricas, aparentemente frágeis, mas altamente físicas, muitas vezes empregando relíquias náuticas descartadas e potentes, como velas antigas, mastros, mogno queimado, correntes e cordas e materiais como argila de caulim e ferro não tratado.

Sua prática tece teorias de subjetividade negra, afro-pessimismo e hidrarquia de baixo para cima (desmantelar ou derrubar a capacidade dos indivíduos de ganhar poder sobre a terra através da água) com mitos náuticos particularmente relevantes para a diáspora negra.

White redefine o termo Shipwreck(ed) como um verbo reflexivo e um estado de ser para incorporar a abolição inerente em seu trabalho.

As esculturas da artista, ou ‘faróis’, lembram mundos imaginados ligados ao mar que profetizam o surgimento dos sem Estado: “um futuro [obscuro] que ainda não aconteceu, mas deve acontecer…”

O prêmio, criado para apoiar e nutrir artistas que se identificam com mulheres em um estágio crucial de sua carreira, concede a White uma residência de seis meses na Itália, para desenvolver sua proposta vencedora.

Isso culminará em uma grande exposição individual a ser realizada em 2024, com lançamento na Whitechapel Gallery e turnê pela Collezione Maramotti, Reggio Emilia, Itália.

EDIÇÃO DE TEXTO – Marilane Borges

Reportagem Especial Correspondance Magazine®

IMAGEM – Cortesia da artista e da Whitechapel Gallery © Portrait de Dominique White Winner, Max Mara Art Prize for Women 9, 2022-2024 © Bernice Mulenga © Dominique White, Untitled 2 (preliminary sketch) 2020, A4 black paper, white pencil © VEDA Firenze © Dominique White, A refusal to be contained, a refusal to die 2021, null sails, kaolin clay, cowrie shells, cast iron, raffia, destroyed rope and sisal © Barnabás Neogrády-Kiss © VEDA Firenze, Goethe Institut Munich © Dominique White, May they never catch you 2022, cast iron © Deniz Guzel © Bold Tendencies, VEDA Firenze © Dominique White, Flag of Nowhere 2017, kaolin, calico, rotting dried palm leaves, raffia, buoys, cowrie shells © Dominique White, Redemption 2022, burnt mahogany, cast iron, forged iron, damaged rope © Aurélien Mole © Triangle – Astérides, VEDA Firenze © Todos os direitos reservados