Vermelho revolucionário
O outubro vermelho foi um acontecimento histórico que abalou o mundo, quando as massas populares revolucionárias do império russo derrubaram o poder com um golpe, em fevereiro de 1917, o domínio do tsar, e no Outubro Vermelho quebraram as cadeias da sociedade capitalista exploradora. Operários, soldados e camponeses, guiados pelos bolcheviques, tomaram o poder nas suas mãos. Os marxistas e socialistas de todos os países viram no triunfo da Revolução a aurora da humanidade, como escreveu o famoso escritor francês Henri Barbusse, “quando a humanidade libertada comemorar as datas da sua libertação, comemoraremos com vigor e com o maior entusiasmo o 25 de Outubro de 1917, o dia em que nasceu o Estado Soviético.”
Tendo como mote a Rússia às vésperas da Revolução, a exposição Vermelho Arte e Utopia na Terra dos Soviéticos, apresentada no Grand Palais, em Paris, até 01 de julho de 2019, conta com mais de 400 peças em exibição entre pintura, escultura, arquitetura, fotografia, cinema, design, em sua maioria apresentadas pela primeira vez na França. As obras de arte em exposição chamam a atenção do visitante para os tempos difíceis que a população, dos operários aos camponeses, enfrentou com a completa ausência de direitos políticos para o povo, a opressão das minorias nacionais, contribuíndo para que o império tsarista se tornasse um campo de agitação revolucionária. Uma jornada cronológica que começou em 1917 com a Revolução de Outubro e terminou em 1953, o ano da morte de Stalin.
Artistas como Alexander Rodchenko, Kazimir Malevich, Gustav Klutsis, Alexandre Deineka, Sergei Eisenstein, Varvara Stepanova ilustram com suas obras a construção do socialismo, contribuindo para a transformação do modo de vida das massas. É esta história, suas tensões, seus levantamentos, assim como suas inversões, que a exposição Vermelho Arte e Utopia na Terra dos Soviéticos estuda tendo como argumento uma possível politização das artes. Questionando a maneira pela qual o projeto da sociedade comunista gerou formas específicas de apropriação artística, que teve início desde a década de 1920, marcada por um grande número de propostas de vanguarda, até a década de 1930, que viu a afirmação de um dogma estético, a exposição abrange todas as áreas das artes visuais.
Para que os visitantes guardem na memória algumas das imagens mitológicas desse período histórico e revolucionário, as Boutiques dos Museus criaram uma seleção especial de objetos decorativos e utilitários, gráficos e coloridos, que podem ser presenteados ou mantidos como lembrança. Há opções para todos os bolsos e estilos, de livros à papelaria, da arte da mesa aos têxteis.
IMAGEM © RMN Grand Palais © Boutiques de Musées
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