David Hockney
“Hockney é um pintor do prazer”, discorre Didier Ottinger, curador da exposição aberta ao público neste 21 de junho no Centro Pompidou, em Paris. Verdadeira retrospectiva dedicada ao pintor David Hockney em cartaz até 23 de outubro, confirmando que o real tema do artista é o amor. Há mais de 65 anos Hockney desenvolve um trabalho intimamente ligado à sua vida pessoal, em suas telas sua família, seus amigos, seus amores, a terra de sua Inglaterra natal, assim como as águas azuis da Califórnia compõem a maior parte dos passos de sua iconografia da vida diária.
David Hockney aprendeu a desenhar, em 1953, na escola Bradford of Art, cidade industrial de West Yorkshire, na Inglaterra. Logo no início da sua carreira o artista é marcado pela pintura de Walter Sickert e Stanley Spencer, especialmente, pelo realismo socialista do seu professor mais carismático, Derek Stafford. Em 1959, Hockney continua sua formação na Royal College of Art, em Londres, onde descobriu a arte de Jean Dubuffet, Francis Bacon e Richard Smith, e se interessa pela pintura abstrata de Alan Davie, um defensor fervoroso do expressionismo abstrato americano. No cruzamento de várias influências, o jovem Hockney sente os limites da abstração e não pretende seguir o caminho do realismo direto, todavia, o verdadeiro confronto acontece em 1960. Durante o verão, ele visita a retrospectiva Picasso organizada na Tate Gallery, em Londres. Hockney ficou tão impressionado, que voltou sete vezes, fascinado pelo fato de que o mestre artista dominava todos os estilos cubista, surrealista, neoclássico.
Pintor, desenhista, gravista, cenógrafo e fotógrafo, considerado um dos artistas britânicos mais influentes do século XX, David Hockney comemora seus 80 anos com essa retrospectiva no Centro Pompidou que coloca em evidência sua obra e talento, confirmando sua significativa contribuição para o movimento da arte pop da década de 1960. Seus retratos e fotos de piscinas de Los Angeles, além das fotografias e paisagens de Yorkshire, o estilo de Hockney sofreu mudanças contínuas, apropriando-se da analidade do cotidiano para criar uma realidade artística explosiva em cores e de grande riqueza visual.
IMAGEM: © David Hockney – Jean-Pierre Gonçalves de Lima – Richard Schmidt
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