“Colagens” de Xavier Veilhan
Xavier Veilhan é um dos talentos mais prolíferos da sua geração, um desbravador de horizontes, que mescla suas criações com outras disciplinas, criando uma ressonância particular em seu trabalho de artista visual. É um homem que sabe onde vai chegar e, quando duvida de qual o melhor caminho a seguir, ele evoca seu talento para guiá-lo nessa incerta vida criativa. Mostrando mais uma faceta da sua capacidade de se reinventar e explorar ao máximo seu potencial, Veilhan expõe, pela primeira vez, uma série de colagens elaboradas durante o verão deste ano. Sobriamente intitulada “Collages”, a obra consiste em composições geométricas cortadas, confeccionadas à partir de fotografias em preto e branco e papel preto, que acompanham o lançamento da primeira monografia “Xavier Veilhan: films & performances”, publicada pelas Edições Dilecta, dedicada às intervenções visuais do artista.
Esse trabalho de colagens remete Xavier Veilhan na retórica da incerteza, afinal, colagens são recortes de um universo, sobreposições de mundos, onde consistência, inconsistência e sonhos se redenham a partir de uma realidade existente ou imaginária. “As colagens são como imagens mentais, instantâneos sonhadores, algo aparentemente não relacionado mas onde, eventualmente, a polaridade é estabelecida. Através de sua representação, seu corte e sua colagem, reativamos possibilidades de uma maneira totalmente nova,” afirma Veilhan. Em sua permanente investigação criativa, o artista se apropria dos meios para estabelecer a sua mensagem, fazendo ecoar a filosofia de Marshall McLuhan. A exposição “Collages” pode ser apreciada até 13 de janeiro na Galeria Dilecta: 49, rue Notre-Dame de Nazareth, Paris 03.
PORTRAIT © Manfredi Gioacchini
IMAGEM © Adèle Jancovici © Veilhan / ADAGP, Paris, 2017
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