Arik Levy
Escultor, cineasta, designer mas Arik Levy aprecia, sobretudo, ser artista. Na publicação “Out there”, lançada pelas Edições Bernard Chauveau, é possível entender as relações existentes entre arquitetura, urbanismo e natureza sempre presentes nas criações de Levy. “Out there” mostra, através de belas reproduções, as famosas esculturas monumentais em aço inoxidável polido, produzidas na França e na Itália, e expostas ao redor do mundo em jardins e parques privados. Como um artesão braçal, Arik Levy aparece montando essas esculturas, que se assemelham às facetas de um diamante refletindo a luz do sol.
Ao longo de mais de 250 páginas surgem 16 belas esculturas, onde muitas delas exigem cerca de 8 meses ou 2 anos para serem finalizadas, considerando concepção, realização e instalação. “Out there” é uma crônica visual dessas obras de arte e revela ainda um lado diferente do trabalho de Arik Levy, exibindo essas esculturas que não são acessíveis ao público em geral. Apelidadas com nomes de rochas, RockGiant, BigRock, RockFusion, RockGrowth e Crater Corten… Reservadas até então para seus comandatários, essas obras agora podem ser apreciadas nas páginas desse livro repleto de imagens panorâmicas.
Além dessa compilação fascinante de fotografias, “Out there” tem textos marcantes do poeta Jérôme Peignot, Christy MacLear, diretora da Robert Rauschenberg Foundation, Charlotte N. Eyerman, diretora do French Regional American Museum Exchange – Frame – e de Jérôme Sans, ex-diretor do Ullens Center for Contemporary Art – UCCA – que oferecem uma nova perspectiva sobre um trabalho espetacular, que integra uma visão singular da criação de Arik Levy e sua imersão artística na natureza por meio dessas obras únicas.
Essas esculturas nasceram em 2006 a partir de uma encomenda feita por Jacqueline Frydman, diretora da galeria Passage de Retz, em Paris, onde o protótipo foi originalmente concebido, passando à figurar em coleções particulares. Para Arik Levy essas obras são como um espelho que refletem tudo ao redor. “Estou muito mais interessado no reflexo que as obras produzem do que nelas mesmas. Na verdade, elas só existem graças à luminosidade e aos ângulos, que são impossíveis de se ver à olho nu,” afirma o artista.
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