As joias e os escritores
O que define algo tão precioso? Para algumas pessoas, é um punhado de pedras coloridas, cada uma delas rara e requintada, combinadas para fazer a mais deslumbrante peça de joalheria fina. Alguns veneram o ouro, outros apreciam a qualidade talismânica das pedras, combinando signos astrológicos, temas místicos e inovações mecânicas para proteger o usuário com uma armadura de boas vibrações. Para a Maison Chaumet a melhor forma de expressar o trabalho criativo é investir em valores inestimáveis, como a história de uma peça atemporal, que pode ser usada em todas as ocasiões, as joias de herança, que passam por reajustes de desenho de geração em geração e há ainda as joias que são presenteadas em ocasiões especiais ou ainda as pedras preciosas que simplesmente deslumbram pela sua beleza natural.
Para contar a história de suas criações emblemáticas a casa de joias Chaumet criou um espaço efêmero em Saint-Germain-de-Près para exibir aos visitantes os modelos que criou exclusivamente para suas clientes, entre as quais, Edith Wharton, Karen Blixen, Marie-Laure de Noailles ou a Condessa Greffulhe. Fatos históricos, crônicas sociais, esboços originais, documentos de arquivos e romances dão vida a essa exposição batizada de “Brilhantes Escrituras”, que conta com um texto literário exclusivo da romancista francesa Véronique Ovaldé, inspirada na sua fascinação pelas pedras preciosas.
Cada peça apresentada é acompanhada de fotografias e de citações de grandes escritores, tais como Balzac, Musset ou Théophile Gautier, que admiravam Jean-Baptiste Fossin, o grande visionário que criou a Maison Chaumet e que encarna do alto de seu talento a figura de um homem de negócios bem sucedido e um especialista na arte joalheira. Para quem ama se deslumbrar admirando uma joia e quer aprender sobre sua criação, “Brilhantes Escrituras” fica em cartaz até 01 de abril no número 165, Boulevard Saint-Germain, Paris.
EDIÇÃO DE TEXTO – Marilane Borges
IMAGEM © Cortesia Maison Chaumet
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