“Festival Rotas do Marais” no Museu Picasso
Comemorando sua 2ª edição, o “Festival Rotas do Marais”, escolheu a temática do “Carnaval” que vai ser o ponto em comum das festividades apresentadas em quinze locais culturais em torno de uma programação gratuita, eclética e que promete encantar todos os públicos. Para falar sobre o “Festival Rotas do Marais”, Correspondance Magazine® entrevistou Guillaume Blanc, Diretor do Departamento de Desenvolvimento Público e Cultural do Museu Picasso, que nos falou sobre as expectativas em torno desse projeto multidisciplinar, que confere ao público uma oportunidade singular de descobrir ou redescobrir um dos bairros mais pitorescos de Paris, o Marais, sob uma ótica artístico-cultural.
Conte-nos como se deu a participação de sua instituição no “Festival Rotas do Marais”.
– Depois do sucesso da primeira edição “Traversées du Marais” (em tradução livre, Rotas do Marais) e impulsionado pelo Museu Picasso no ano passado, os 25 membros da rede Marais Cultura + decidiram imediatamente renovar a aventura com o desejo de afirmar a identidade multicultural desse bairro festivo e criativo. O “Festival Rotas do Marais” é também uma oportunidade para saudar um dos membros da rede, o Museu Carnavalet, que celebra o seu 150º aniversário e vai fechar em breve para reformas.
Como esse “Festival Rotas do Marais” debutou?
– O Museu Picasso está na origem da criação do festival no ano passado, 2015, com o desejo de reforçar sua relação com o público parisiense. Este projeto imediatamente gerou entusiasmo dos membros da rede Marais Cultura +, pois é uma oportunidade para os visitantes descobrirem ou redescobrirem, sob um ângulo inédito, a incrível diversidade dos espaços culturais do bairro do Marais.
De que maneira 25 instituições do Marais conseguiram se alinhar para poderem participar desse projeto?
– Sem dúvida, através do programa Marais Cultura + que é uma rede informal que vive apenas do empenho dos seus membros. O “Festival Rotas do Marais” não tem orçamento próprio, cada local é responsável pela programação e produção dos eventos que apresenta. Esta organização, muito aberta, é uma força porque respeita a singularidade de cada lugar mas também solicita um diálogo permanente entre os 25 membros da rede para que o “Festival Rotas do Marais” mantenha sua identidade própria.
Quais foram as fontes de inspiração para elaborar todos esses eventos que vão acolher o público neste ano?– – Decidimos organizar, como no ano passado, um novo concerto de música que possa atrair um público mais jovem para o museu. Além de possuir uma incrível coleção, o Museu Picasso é um belo monumento, e nosso desejo é que os visitantes possam participar do espetáculo e descobrir o “Hôtel Salé”. Essa pode ser uma primeira porta de entrada que irá gerar o desejo de voltar e conhecer as coleções incluindo o nossa próxima exposição “Picasso-Giacometti” que será um dos principais eventos culturais do segundo semestre.
Quais as propostas de espetáculos do Museu Picasso?
– O Museu Picasso vai acolher no jardim um espetáculo do cantor Chassol no domingo 11 de setembro, às 20:45. O artista vai nos levar a uma estranha e maravilhosa viagem as suas origens, na Martinica com uma proposta de encontros. Através de cenas do cotidiano e do Carnaval de Fort-de-France que ele capturou, Chassol vai tocar as música de seu álbum “Big sun” com a linguagem harmônica com a qual suas canções são imediatamente identificadas.
Como você qualificaria o “Festival Rotas do Marais”?
– Aberto para todos, o “Festival Rotas do Marais” permite um acesso gratuito ao maior número de pessoas, de todas as faixas etárias, além de apresentar uma ampla variedade de shows de música, teatro, dança, artes visuais, cinema, ou seja, há programas para todos os gostos e estilos!
Que tipo de sentimento o “Festival Rotas do Marais” evoca em você pessoalmente?
– Ele cria um monte de emoção, porque Chassol é um artista original que inventa uma “música para se ver”. Sua música é inseparável das imagens com as quais ele compõe seu repertório. Seu espetáculo será um verdadeiro show num cenário único, que é o jardim do museu. Pessoalmente, o álbum “Big sun” que ele vai apresentar neste concerto me toca particularmente, porque evoca a Martinica onde já vivi.
Quais são as perspectivas para o “Festival Rotas do Marais” no futuro?
– Tenho certeza de que o festival tem uma longa vida pela frente e vai se tornar, nos próximos anos, um evento esperado pelos parisienses no seu retorno das férias. A diversidade da rede Marais Cultura + é que ela é uma fonte inesgotável de ideias!
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