Gregory Gatserelia
Multipremiado, talentoso e considerado pela Architectural Digest como um dos 100 melhores designers de interiores em todo o mundo, Gregory Gatserelia cresceu e estudou na França até 1967, depois mudou-se para o Líbano, onde com uma licenciatura em arquitetura de interiores da Academia Libanesa de Belas Artes, desenvolveu uma variedade de projetos residenciais e comerciais ao redor do mundo. Além da arquitetura, Gatserelia fez uma parceria com seu irmão Alexander para criar “Gatserelia Projeto Int.”, em Toronto, que inclui a decoração de interiores de vários restaurantes, discotecas, bares, shoppings, lojas, hotéis e apartamentos. Com identidade visual forte e reputação na área de design, Gregory Gatserelia decidiu expandir sua empresa e começou à operar a partir do Líbano em todo o Oriente Médio, Norte da África e Europa, através de inúmeros projetos residenciais e de hotelaria. Em 2011, decidiu abrir sua própria galeria de arte “Smo Gallery”, que promove artistas e designers internacionais e libaneses.
O que a arte de viajar representa para você?
– A menos que seja um destino de férias ou uma viagem de novas descobertas, tenho a impressão que sempre nos encontramos em cidades crivadas pela globalização, onde tendemos à repetir as mesmas avenidas, ruas, os mesmos lugares até nos perdermos. Minhas viagens tem sempre como objetivo encontrar o outro e gosto de ver como as pessoas se definem de um país para outro.
Quais lembranças você tem de sua primeira viagem?
– Roma. Na década de 60. Lembro-me quando era criança da Guarda Nacional e dos Fiat 500 verde e como fiquei impressionado, porque era acostumado apenas com carros grandes. Lembro também que todas as mulheres me pareciam atrizes com seus óculos escuros e saias bufantes.
Quais os seus hotéis preferidos ao redor do mundo?
– Há hotéis urbanos e resorts. Gosto do dinamismo e da agitação dos hotéis urbanos. O lobby de um hotel é, para mim, a alma dele. Le Royal Monceau, em Paris, o Sanderson, em Londres. Sem querer mencionar todos, gosto dos hotéis urbanos, que se tornaram um destino e um conceito, nesse sentido a dupla Ian Schrager e Philippe Starck regenerou o espírito dos hotéis, como o Mondrian e o Delano, por exemplo, que são locais de atividade. Quanto aos resorts, geralmente zonas tranquilas e relaxantes, ideais para lua de mel ou para acomodar aposentados, segundo o meu ponto de vista faltava algo. Agora é possível encontrá-lo com Nikki Beach. Um projeto que desenvolvemos com o grupo e que vai promover um ambiente de burburinho nas praias com muita agitação, afinal, os resorts se tornaram destinos para festejar eventos.
O que não pode faltar na sua mala?
– Nunca viajo sem meus lenços antibacterianos. Não posso viver sem eles. Além dos indispensáveis adaptadores internacionais de tomadas, o carregador do telefone e minha câmera fotográfica.
O que você traz das suas viagens além das lembranças?
– Objetos que cabem numa mala mas nunca objetos específicos do país, como os souvenirs.
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