Leitura visual

14 de março de 2022

Correspondance Magazine® selecionou para seus leitores os melhores lançamentos de livros de arte e arquitetura a serem folheados, admirados e adquiridos. De Yves Saint Laurent aos artistas britânicos – aprecie nossa coleção dos títulos mais atraentes que serão lançados ainda neste ano.

Yves Saint Laurent Museum Marrakech –  Concebido como um diário pelos fundadores do Studio KO, o escritório franco-marroquino por trás do Museu Yves Saint Laurent em Marrakech, este novo e elegante livro, lançado pela editora Phaidon, narra os 1.423 dias que foram necessários para projetar, construir e inaugurar a instituição de referência dedicada ao trabalho do lendário estilista.

Uma homenagem à colaboração criativa entre o parceiro de Saint Laurent, Pierre Bergé, a quem o livro é dedicado, e o Studio KO, o livro detalha desde o primeiro encontro de Bergé para o lançamento do projeto até a abertura das portas do museu em 2017, um mês após a morte de Pierre Bergé. O volume apresenta esboços, planos e fotografias de arquivo, bem como detalhes dos bastidores do círculo íntimo de Saint Laurent, incluindo Betty Catroux e Catherine Deneuve.

Nicolas Party – O pintor suíço Nicolas Party é uma das personalidades jovens e brilhantes da arte contemporânea. Em novembro de 2021, sua pintura “Paisagem” foi vendida na Christie’s por US$ 3.270.000, um preço recorde de leilão para o artista. Agora com essa publicação da primeira monografia significativa do artista de 41 anos, traçando sua ascensão desde seus primeiros dias como grafiteiro até o sucesso que se seguiu à adoção do pastel suave em 2013. Longe de ser o meio mais elegante do século 21, Nicolas Party mostrou grande maestria e, graças a esse medium, ele contruiu sua reputação colocando seu nome na cena artística.

Com paisagens, retratos e naturezas-mortas encantadoras e saturadas de cores, ele captura a essência de seus temas de maneira intrigante, aumentando sua ressonância física e emocional. Entre os colaboradores do livro, ilustrado com mais de 200 imagens e editado pela Phaidon, está Stéphane Aquin, diretor do Museu de Belas Artes de Montreal, onde Nicolas Party é o tema de uma grande exposição. Aquin explica, entre outras coisas, por que a estrela do artista continuará a crescer nos próximos anos.

El Anatsui: The Reinvention of SculptureLançado pela ediora italiana Damiani apresentando ensaios dos historiadores de peso Okwui Enwezor e Chika Okeke-Agulu, El Anatsui: The Reinvention of Sculpture explora o sentido da narrativa e o romantismo bruto que estão no coração do artista mais importante de Gana. Por meio de esculturas, instalações e desenhos, El Anatsui considera os legados do colonialismo e a crise ambiental em curso na África.

Tendo se mudado para a Nigéria na década de 1970, Anatsui se envolveu com o influente grupo Nsukka, que buscava combinar práticas artísticas indígenas e arte moderna. Ele ficou conhecido por seu uso inovador de materiais reciclados, de troncos a velhas latas de leite, mais recentemente criando esculturas de parede cintilantes de tampas de garrafa que parecem estar em constante movimento. A “Reinvenção da Escultura” é um levantamento oportuno desta figura extremamente importante na arte africana contemporânea.

I Am Sparkling: N.V. Parekh and His Portrait Studio Clients, Mombasa, Quênia 1940-1980 – A primeira visão geral dedicada ao influente fotógrafo indiano N.V. Parekh destaca sua abordagem ousada ao retrato de estúdio, sua clientela diversificada e o meio temporal, geográfico e cultural, em que ele floresceu. Fundado em 1942 em Mombasa, o estúdio de Parekh atraiu modelos de todas as idades e origens, da África Oriental e além fronteiras, procurando se expressar de forma inovadora.

O livro de Isolde Brielmaier, editado pela Damiani, contém imagens raramente vistas do arquivo fotográfico de Parekh, adquirido pelo poeta e artista italiano Sarenco em 2001, e extensas entrevistas com seus clientes, focando particularmente em mulheres. Com um prefácio do artista Wangechi Mutu e uma análise contextual perspicaz de Brielmaier, I Am Sparkling certamente reviverá o interesse pela vida e obra de um fotógrafo historicamente significativo, mas pouco conhecido do grande público.

The Real and the Romantic, em tradução livre, “O Real e o Romântico: Arte Inglesa Entre Duas Guerras Mundiais” – A biógrafa veterana Frances Spalding, conhecida por seus livros perspicazes sobre os primeiros modernistas britânicos Vanessa Bell, Duncan Grant e Roger Fry, volta seu olhar penetrante para os anos entre guerras. The Real and the Romantic reúne uma coleção de artistas britânicos, entre eles Eric Ravilious, Paul Nash, Eileen Agar e Winifred Nicholson, que se entusiasmaram com as inovações de vanguarda que aconteceram na arte moderna.

Através de exposições, cartas e entrevistas, Spalding revela a excitação que a Abstração e o Surrealismo geraram nesses pintores radicais, e como seu otimismo murchou sob a tempestade do fascismo no final da década de 1930, quando os artistas se afastaram da arte moderna internacional para um romantismo pastoral inglês. Lançamento pela Thames & Hudson previsto para junho de 2022.

Reportagem Especial Correspondance Magazine®

IMAGEM – Cortesia das editoras Phaidon, Damiani, Thames & Hudson e do fotógrafo Ed Robertson © Todos os direitos reservados

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