Manhattan Home
Era um sonho do designer Bennett Leifer morar em um dos majestosos edifícios que cercam o Gramercy Park, em Nova York, um dos últimos espaços verdes privados de Manhattan. Agora ele é o orgulhoso proprietário de uma chave com vista para o oásis num prédio de estilo neo-gótico que ele admirou pela primeira vez aos 20 anos.
Com espaços amplos, um layout bem estruturado e uma vista deslumbrante do parque, o apartamento foi uma compra imprevista, mas Bennett sabia essa oportunidade era boa demais para deixar passar. E embora não tenha sido difícil para o designer imaginar como o espaço outrora datado de antes da guerra poderia se tornar, transformar o apartamento em sua casa ideal “exigia muita limpeza”, diz Bennett. Do exterior, a formalidade e a simetria que Bennett tanto ama sobre o estilo neogótico eram aparentes; lá dentro, camadas de papel de parede e superfícies sujeitas a décadas de desgaste significavam que o designer deveria se dedicar ao assunto. Leifer começou substituindo todas as instalações elétricas, revestindo as paredes e redefinindo as aberturas para filtrar a luz natural.
O designer restaurou detalhes originais, como a lareira e as janelas da sala de estar, transformando-as e redonando sua antiga glória num estilo mais moderno e trouxe móveis com uma mistura equlibrada de períodos, priorizando uma decoração clean e elegante. No foyer, as paredes de gesso veneziano amplificam a luz natural das salas vizinhas. Uma tela de Gournay com estampa de folha de palmeira e um tapete de Edward Fields, no 2015 Kips Bay Showhouse, feitos sob medida para o quarto de Bennett, criam uma intrigante interação de cor e padrão.
Uma mistura de obras de arte vintage empresta espírito à cozinha em preto e branco. A fina bancada de mármore e a prateleira abrigam uma coleção de artigos de bar, acessórios de cozinha e peças para servir com curadoria perfeita. Em outra parte da entrada há uma cômoda preta coberta com uma lâmpada de gesso e uma tigela de cristal de rocha. Acima, uma tela em tons de roxo contemporâneo do artista James Naras conversa com o tapete da área.
“O que sempre amei no Gramercy Park”, diz Bennett, “é que é uma área tão pequena com tantos estilos arquitetônicos tão diferentes e tão bonitos, e cada um é único graças à maneira como eles são mantidos”. Considerando seu próprio apartamento cuidadosamente atualizado, é seguro dizer que Bennett mantém esse espírito de criatividade e preservação vivo.
TRADUÇÃO & EDIÇÃO DE TEXTO – Marilane Borges
REPORTAGEM – David Bazner
IMAGEM © Tony Vu
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