“House of Worth“

2 de fevereiro de 2018

Considerado “o pai da alta costura”, Charles Frederick Worth (1825-1895) também foi visionário ao estabelecer um novo sistema comercial, onde os clientes escolhiam, ao lado de tecidos pré-selecionados, uma série de modelos propostos pelo estilista, que seriam então adaptados às medidas de cada cliente e de acordo com seu gosto e estilo. Nada menos que quatro gerações da mesma família contribuíram, durante quase um século,  para o sucesso da moda com a grife “Worth”, a primeira a construir os códigos da alta costura francesa, como a conhecemos hoje. Uma maison de couture que teve seus tempos áureos de 1858 à 1954 quando os negócios finalmente encerraram, mas o seu legado permanece para sempre.

A editora Bibliothèque des Arts lançou uma bela publicação “La maison Worth: Naissance de la haute couture (1858-1954)”, escrita pelos autores Chantal Trubert-Tollu, Françoise Tétart-Vittu, Jean-Marie Martin-Hattemberg, Fabrice Olivier, editada em língua francesa e com abundância de material iconográfico, que traça a carreira do grande estilista Charles Frederick Worth e a história da “Maison Worth”. O grande diferencial desse livro é o ângulo que os historiadores escolheram para apresentar a narrativa sobre a vida e o talento criativo desse artista nascido na Inglaterra, que chegou a Paris aos vinte anos com alguns francos no bolso e criou uma lenda em torno do nome Worth. Compilando fontes históricas, documentos familiares, retratos, itens pessoais, roupas, acessórios, vidros de perfume, entre outros objetos, a publicação lança luz sobre um dos mais bem-sucedidos estilistas do século XIX, que criou cerca de 250 vestidos para a Imperatriz Eugênia vestir durante as festividades da abertura do Canal de Suez em 1868.

 

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