Museu Jean Cocteau

30 de julho de 2017

A arquitetura do Museu Jean Cocteau é como um labirinto onde a imagem do poeta errante se apropria do imaginário do visitante para decifrar seu próprio trabalho. Inaugurado em 2011, a arquitetura do museu se valeu de altos volumes, transparências, pontes oblíquas que ligam lugares de projeção com jogos de luzes, entre o claro e o escuro, para configurar uma atmosfera propícia a obra enigmática de Cocteau. Seu museu, situado em Menton, no sul da França foi desenhado por Elisabeth de Portzamparc, tendo como base a obra literária do poeta, escritor e dramaturgo que concebia como ninguém explorar os caminhos do inconsciente através do processo de sonho e a ideia do “labirinto” e suas surpresas.

Para tanto, Elisabeth de Portzamparc explorou a riqueza do percurso destinada às exposições, permanentes e temporárias, para criar uma sequência que se sobrepõe aos volumes, criando um universo à parte na imagem do mundo indescritível deste grande artista: o imenso talento criativo de Jean Cocteau, o entrelaçamento de seu pensamento e as múltiplas formas de expressão usadas por ele. Tirando partido da arquitetura de luzes e sombras, onde a luminosidade leva os visitantes para as partes mais ensombradas, a arquiteta criou um roteiro específico a fim de decifrar o mistério do mestre das palavras. Um grande espaço de altura dupla oferece a possibilidade para visualizar todo o museu, enquanto a estrutura serve para apoiar um percurso sinuoso e complexo em preto e branco, como um mergulho e escalada no inconsciente de um dos maiores personagens da literatura francesa, Jean Cocteau.

TEXTO & EDIÇÃO – Marilane Borges

IMAGEM – Christian Nouzillet em reportagem especial para Correspondance Magazine®

TRANSPORTE – Vôos diretos da Airfrance aterrissam diariamente no Aeroporto de Nice 

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